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Sim, o homem pode perturbar as aves migratórias em praias!

Isto é o que descobrimos no estudo "Coexistência entre aves migratórias costeiras Neárticas-Neotropicais e humanos nas praias do Hemisfério Sul: um desafio atual de conservação em países em desenvolvimento" publicado no periódico Urban Ecossystems 18: 285-291. A conservação de aves costeiras migratórias em praias urbanas é um desafio atual para a humanidade.. As aves migratórias Neárticas-Neotropicais dependem de locais de descanso e alimentação durantes suas paradas em áreas de invernada no Hemisfério Sul para adquirir energia suficiente para completar seus ciclos migratórios. Por outro lado, cidades no Hemifério Sul estão crescendo rapidamente, o que resulta no aumento de competição por espaços entre pessoas e aves, como atualmente ocorre em áreas de praias. Os resultados deste artigo mostraram que a probabilidade de ocorrência de aves Neotropicais diminuíram quanto maior o número de pessoas em amostras de áreas de praias com 20 m de raio no litoral sul de São Paulo. Quando o número de pessoas excedeu 20 nestas mesmas amostras, a probabilidade de ocorrência de aves foi quase nula. Materiais educacionais, tal como imagens e textos referentes à história natural de espécies de aves migratórias, a importância destas aves para a cadeia alimentar, e maneiras para prevenir perturbação por pessoas são medidas cabíveis para facilitar a convivência entre nossa espécie e estas aves. Adicionalmente, atividades de observação de aves poderiam ser encorajadas como uma opção recreativa e plataformas de observação poderiam ser instaladas em praias, assim evitando este contato muito próximo entre humanos e aves. Para alcançar sucesso, as atividades de manejo para a conservação de aves necessitam de participação ativa do governo e cidadãos.

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